07 Nov Como Cuidar de Um Idoso Após um AVC?
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a doença que causa mais incapacidade no mundo, estimando-se que uma em cada seis pessoas sofrerá um AVC. Por ano, 15 milhões de pessoas sofre um AVC e seis milhões não sobrevive. Cerca de 70% das pessoas que sofrem um derrame não volta ao trabalho e cerca de 50% fica dependente de outras pessoas para as suas tarefas do dia a dia.
Em Portugal, o AVC é a principal causa de morte e, de acordo com a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral, o nosso país é o que tem a maior taxa de mortalidade da Europa, sobretudo nos doentes com menos de 65 anos.
Existem dois tipos de AVC, o isquémico, que resulta de um bloqueio do fluxo de sangue e o hemorrágico, que ocorre no seguimento, como o próprio nome indica, de uma hemorragia. Nos dois casos, as células cerebrais deixam de funcionar normalmente, ou morrem, devido à falta de oxigénio causada pelo trombo (isquémico), ou inundadas pelo sangue da artéria rompida (hemorrágico).
O papel do cuidador, ou no caso de uma pessoa autónoma antes do AVC, o papel de um familiar próximo é crucial para atentar aos sintomas e agir rapidamente.
Sintomas e Causas
O cuidador ou familiar deve ter sempre em mente a regra dos cinco F’s, que são sintomas que podem surgir em combinação, ou isoladamente:
- Face: sofre uma assimetria, ou uma pálpebra ficar descaída. Normalmente repara-se mais quando a pessoa sorri;
- Força: perda súbita de força num dos membros e falta de equilíbrio (células cerebrais afetadas na zona do cérebro que controla essas funções);
- Fala: pode ficar incompreensível, o discurso não fazer sentido ou o doente frequentemente não perceber o que se lhe diz;
- Falta de visão súbita: pode ocorrer em ambos os olhos ou só num, bem como visão dupla;
- Forte dor de cabeça: pode acontecer de forma súbita e muito intensa e deve ser valorizada quando é diferente do habitual e sem causa aparente.
Os fatores de risco de AVC são muitos, quase todos dependentes do estilo de vida, o que aumenta as hipóteses de alguém sofrer desta condição nalgum momento da sua vida. Os principais fatores de risco são os seguintes:
- Hipertensão arterial;
- Diabetes;
- Colesterol elevado;
- Tabagismo;
- Excesso de peso;
- Sedentarismo;
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Apneia do sono;
- Arritmia cardíaca.
Estes fatores são corrigíveis com uma melhoria do estilo de vida e com medicação receitada por um médico que conheça o caso do doente. Fazer exercício físico com regularidade, deixar de fumar e ter uma alimentação equilibrada e saudável pode ser uma boa ajuda na prevenção da doença.
Como reagir quando o doente sofre um AVC?
Conhecendo os hábitos do idoso, o cuidador deve ter especial atenção aos sinais de AVC. No caso de suspeita, o cuidador deve ligar imediatamente para o 112. Os doentes são levados, sem demora, para o centro médico mais próximo que tenha uma unidade de AVC com capacidade para tratar deste tipo de enfermidade.
O cuidador não deve ficar à espera que os sintomas parem ou chamar o médico ao domicílio!
Após o AVC, o cuidador deve manter o olhar atento e contribuir para manter as atividades básicas que são importantes para o idoso se sentir confortável. Fazer exercício físico, ainda que seja leve, é importante para prevenir um novo AVC. Deve haver motivação para uma caminhada perto de casa, por exemplo, sempre tendo como prioridade o estado emocional e físico do idoso, respeitando as suas escolhas.
O cuidador deve manter o mais possível a independência do idoso, preservando a sua dignidade e evitando tratá-lo como se fosse uma criança, ainda que seja com a melhor das intenções. Ferir os sentimentos do idoso é perigoso para a sua autoestima e pode levá-lo ao isolamento, por não querer incomodar os outros à sua volta, ou por se sentir inútil. Dependendo do estado do doente após o AVC, o cuidador deve manter o equilíbrio entre a lembrança constante das suas limitações e as atividades que tornam a sua vida o mais normal possível.
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- Incontinência moderada a severa;
- Tratamento avançado de feridas (da limpeza à cicatrização);
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