12 Out Como Cuidar da Pessoa com Demência?
Antes de mais, vamos desmistificar a demência, perceber que doenças são mais comuns nesta condição, quais os sintomas e como melhorar o dia a dia do doente.
Se é cuidador da pessoa com demência, este artigo é para si.
A MedPartner tem-se juntado aos melhores parceiros do mercado para levar até si as soluções que melhor se adequam a cada tipo de condição em que a pessoa idosa se encontra. Neste caso, as melhores dicas para quem necessita de uma pequena ajuda para melhor cuidar da pessoa com demência.
1. O Que é a Demência?
Existem vários tipos de demência e são raros os que podem ser evitados ou tratados, no entanto, existe a possibilidade de retardar o aparecimento da maioria adotando um estilo de vida saudável.
Os tipos de demência dividem-se (a classificação mais aceite pela comunidade científica), sobretudo, em duas categorias: primárias, que são degenerativas e em que a demência é a própria doença; e secundárias, em que há outra patologia que se manifesta por demência.
Os tipos de demência mais comuns são o Alzheimer; a demência frontotemporal, em que ocorre degeneração de um ou de ambos os lobos frontais e temporais do cérebro; a demência com corpos de Lewy, que é causada pela degeneração e morte das células nervosas do cérebro; e a demência vascular, que é a única das quatro classificada como secundária.
A doença de Alzheimer representa cerca de 50% a 70% dos casos de demência. Trata-se de uma deterioração global, progressiva e irreversível de algumas funções cognitivas. Afeta o comportamento, a personalidade e as faculdades do doente, tendo grande impacto no seu quotidiano e no das pessoas que o rodeiam. Estima-se que em Portugal existam mais de 150 mil casos de Alzheimer e 35 milhões em todo o mundo.
Apesar de ainda não se saber, a nível global, o que causa a doença, sabe-se que surge em pessoas maioritariamente acima dos 65 anos, que afeta cada um dos doentes de forma diferente e que as causas podem variar de pessoa para pessoa. Os especialistas continuam a investigar as possíveis perturbações químicas e processos imunitários que podem estar na causa da doença.
2. Principais Sintomas da Pessoa com Demência
Os sintomas podem agravar-se ao longo dos anos, pelo que se trata de uma condição e conjunto de doenças degenerativas, progressivas e irreversíveis. É importante que o cuidador entenda que os sintomas podem ser ligeiros numa fase inicial e que o doente com demência não age propositadamente, nem de má fé, e que os seus comportamentos não se traduzem em simples chamadas de atenção, carência de afetos ou necessidade de “castigar” o cuidador.
Os principais sintomas da demência são os seguintes:
- Perda de memória;
- Dificuldade em dizer palavras comuns, como objetos do quotidiano;
- Demorar mais tempo em simples tarefas diárias;
- Comportamentos ou reações imprevisíveis;
- Perda de competências sociais;
- Esquecimento de pessoas ou lugares conhecidos;
- Ter um discurso vago ou sem sentido durante conversações.
3. O Papel do Cuidador
É importante ressalvar que o papel do cuidador é fundamental na gestão diária da pessoa com demência. Seja o cuidador um familiar ou um profissional de saúde geriátrica, há que adotar alguns hábitos no tratamento diário do doente, que só acontecem depois de entender a doença e as suas consequências para o doente e para o ambiente em que convive.
Em primeiro lugar, o cuidador deve saber do que se trata a doença, o que pode provocar e como agir para mitigar as perturbações na vida do doente e dos que o rodeiam. O primeiro passo é falar com um médico, que o encaminhará da melhor forma e poderá ajustar a medicação, consoante o diagnóstico. Existem também vários websites fidedignos com informação muito útil para o cuidador explorar, desde descrições detalhadas dos vários tipos de demência, às boas práticas na gestão do lar. É importante saber que não está sozinho.
A saúde e o bem-estar do cuidador são também muito importantes para a gestão do dia a dia do doente, uma vez que este está dependente do seu desempenho. Se for cuidador, lembre-se que precisa de estar bem para cuidar de quem precisa. Faça pausas durante o dia, planeie atividades para toda a semana, desde as tarefas domésticas, às atividades físicas e mentais, como artes manuais, exercício físico leve, prática de música (excelente estimulante de memória) ou, simplesmente, serões ao ar livre.
Caso não lhe seja possível cuidar da pessoa com demência, por motivos profissionais ou outra razão de força maior, fale com especialistas para o aconselharem na escolha da melhor solução. Pode passar por um centro de dia, em que o idoso volta a casa ao fim do dia, um lar, em que o idoso permanece numa residência sénior, ou a contratação de um assistente geriátrico para o domicílio.
Apesar da doença ser progressiva e irreversível, é possível abrandar o seu progresso, por isso, é muito importante diagnosticar atempadamente e iniciar o quanto antes um estilo de vida saudável. A toma regrada da medicação prescrita por um médico especialista é também crucial para o controlo da doença. Aconselhamos a aquisição de caixas de medicação com separadores por dias e horas do dia, para um maior controlo das tomas. Estão também disponíveis online aplicações móveis com alarmes para a toma da medicação, para que nunca se perca nas horas.
Soluções não faltam. O importante é saber por onde começar e planear o seu dia, incluindo pausas para ter tempo para si. Nós estamos deste lado, disponíveis para ajudar.
Vamos ter esperança no futuro para que não esqueçamos o passado.